28/11/2006

Artigo meu no Mída Sem Máscara

Sairá amanhã, 29/11/2006, artigo meu no MSM intitulado "Software livre: um outro mundo é possível". Para quem quiser acessá-lo diretamento do MSM clique aqui. Ele vai reproduzido abaixo. As cartas recebidas por mim ou pelo MSM referentes a este artigo serão postadas também neste blog, à medida que forem sendo recebidas.

Este artigo poderia ter vários outros títulos. Fiz um exercício rápido e formulei os seguintes títulos alternativos:

Em que crêem os que crêem em software livre

Programadores do mundo, uni-vos

O striptease ideológico de Richard Stallman

Stallman, Marx e Engels: camaradas inseparáveis

O sr. Stallman aceita dinheiro do governo, não dos consumidores

Stallman: o guru do esquerdismo informático

O analfabetismo funcional do sr. Stallman

Os leitores podem escolher dentre estes ou até formular outros títulos. O que importa é que, a partir da análise do Manifesto GNU, pode-se perceber a fundamentação ideológica do movimento do software livre. Esse pessoal não é só contra Bill Gates. Eles são contra a economia de mercado como um todo.

Segue o artigo.



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Resumo: Se o sr. Stallman ainda não foi convidado para participar do Fórum Social Mundial, tem tudo para ser convidado em breve.


Meu último artigo causou uma certa polêmica e alguns leitores irados se manifestaram na seção de cartas do Mídia Sem Máscara e também no meu blog. O que procurei ressaltar no artigo é que o custo da licença de um software não é seu único custo e que a escolha entre um software livre e um proprietário deve ser feita levando-se em conta o custo global, se é que ela seja feita unicamente sob o ponto de vista econômico.

As observações de vários leitores mostram, contudo, que essa escolha tem outras bases, além das econômicas. E são essas bases que gostaria de esclarecer aqui.

Vou usar uma técnica baseada no livro "O Imbecil Coletivo". [*] No capítulo "Idéias Vegetais" o autor nos ensina o seguinte: "Se Deus deu malícia aos suspicazes, não deixou os crédulos totalmente sem defesa. A credulidade mesma, quando praticada a sério e integralmente, é a melhor defesa: basta que você, ao crer no que alguém lhe diz, creia também nas conseqüências, que ele provavelmente não disse. Se estas conseqüências forem absurdas, a absurdidade delas logo saltará aos olhos, sem que você tenha tido o trabalho de procurá-la".

Assim, fui buscar na fonte os fundamentos do movimento do software livre. Existe um documento chamado Manifesto GNU, em que Richard Stallman descreve as bases desse movimento. O sr. Stallman é também o presidente da FSF (Free Software Foundation) e portanto, quando se fala de GNU, está-se falando também de FSF. Mencionei esse manifesto em resposta à carta de um leitor. Existe uma versão desse manifesto em português de Portugal, do qual tirarei todas as citações que faço abaixo.

Pode parecer fora de propósito ou até pejorativo o nome “movimento” que usei ao me referir à iniciativa de criação de software livre. Este não é, felizmente, o caso, pois a própria FSF coloca como sua principal função levar adiante a "missão mundial de preservar, proteger e promover a liberdade de uso, estudo, cópia, modificação e distribuição do software de computador..." Trata-se portanto, de um movimento mundial, uma missão.

Meu pressuposto é o de que quem usa o software livre pode muito bem não conhecer esse documento, mas quem defende esse tipo de software deve conhecê-lo e aceitar (ou pelo menos simpatizar com) seus pressupostos e suas conseqüências. E assim começo, crédulo, a leitura do documento. Desculpem-me se uso citações freqüentes do manifesto, mas isso é inevitável. É que as coisas que são ditas são tão inacreditáveis que a citação literal é imprescindível.

Há, no início, uma descrição do projeto GNU. Depois o sr. Stallman nos fala de sua regra de ouro, ou seja, "se eu gosto de um programa, eu devo compartilhá-lo com outras pessoas que gostam dele. Vendedores de software querem dividir os usuários e conquistá-los, fazendo com que cada usuário concorde em não compartilhar com os outros". Fala também de solidariedade com outros usuários e diz que "eu não posso, com consciência limpa [grifo meu], assinar um termo de compromisso de não-divulgação de informações ou um contrato de licença de software".

Aqui a discussão não é técnica nem econômica, é moral. A moralidade do sr. Stallman o proíbe de assinar contratos de uso exclusivo de software. De quebra ele nos alerta de que quem os assina deve ter a consciência pesada.

Mais adiante, ele explica que a razão que leva muitos programadores a desejarem ajudar o projeto GNU é que a comercialização de software requer "que eles se considerem em conflito com outros programadores de maneira geral em vez de considerá-los como camaradas” [grifo meu]. Ou seja, competidores econômicos são soldados de exércitos em conflito. Camaradas, hein? Já ouvi essa palavra antes.

Logo depois, vem o disparate: "O ato fundamental da amizade entre os programadores é o compartilhamento de programas; acordos comerciais usados hoje em dia tipicamente proíbem programadores de se tratarem uns aos outros como amigos". Se acordos comerciais, a base do capitalismo, impedem a amizade entre os homens, só o comunismo pode nos salvar.

Esses malvados acordos voluntários também são responsáveis pela falta "do sentimento de harmonia, que é impossível se nós usarmos software que não seja livre". O software livre não é somente responsável pelo bem-estar de seu computador, mas do seu.

Isso não é tudo. Mais à frente, temos a pérola: "Contratos que fazem as pessoas pagarem pelo uso de um programa, incluindo o licenciamento de cópias, sempre trazem um custo tremendo para a sociedade devido aos mecanismos obscuros [grifo meu] necessários para se determinar quanto (ou seja, por quais programas) uma pessoa tem que pagar. E somente a polícia do Estado tem poder para fazer com que todos obedeçam esses mecanismos". Os preços, principalmente nos EUA, como todos sabem, são formados por mecanismos obscuros. Além disso, é a polícia do Estado (quem sabe, CIA, FBI, Bush & cia.?) que controla o mecanismo dos preços em uma economia capitalista.

Eu não estou nem no meio do manifesto e os leitores devem ter notado que o sr. Stallman pode entender muito de software, mas de quase nada mais. Um indivíduo criado e educado nos EUA, tendo freqüentado e trabalhado no MIT, que acredita que o Estado é que controla obscuramente os preços num sistema capitalista é, de fato, uma calamidade mental.

Vou poupar os leitores de muito do que pensa o sr. Stallman, esse portento do software livre. Só digo que ele fala até de Kant e do imperativo categórico. Sugiro a todos que leiam esse genial documento, do princípio ao fim.

Pularei para o final do manifesto, onde esse senhor clama pela mão pesada do Estado, aquele mesmo que tem "aquela" polícia que determina os preços. Ele diz: "Suponha que todos os que compram um computador tenham que pagar X por cento do preço como um imposto do software. O governo daria este dinheiro a uma agência como a NSF para gastar em desenvolvimento de software". Que doçura a desse rapaz!

E isso ainda não é o clímax. Este vem ao final do documento e diz: "Nós já reduzimos bastante a quantidade de trabalho que a sociedade como um todo tem que realizar para a sua própria produtividade, mas somente um pouco disso se transformou em lazer para os trabalhadores porque muita atividade não-produtiva é necessária para se acompanhar a atividade produtiva. As principais causas disso são burocracia e medidas bitoladas contra a competição. O software livre irá reduzir grandemente estes desperdícios na área de produção de software. Nós temos que fazer isso, para que os ganhos técnicos em produtividade sejam transformados em menos trabalho para nós".

E assim, um outro mundo é possível. Se esse sr. Stallman ainda não foi convidado para participar do Fórum Social Mundial, ele certamente vai ser em breve. Ele será anunciado como o camarada Stallman e cuidará do Departamento de Software da ONU, quando for instituído o governo mundial. Programadores, uni-vos!



[*] O Imbecil Coletivo, Editora Faculdade da Cidade, 2002. A nova edição desse livro, da É Realizações está danada de bonita!

24/11/2006

C.S. Lewis, Cardeal John Newman e eu na hora do cafezinho, numa universidade brasileira

Um colega me aborda, todo alegre, para me dizer que enviará seu filho (já universitário) num estágio de trabalho aos EUA. Depois de expressar minha simpatia pelo acontecimento, indago

-- Tenho uma dúvida, professor.

-- Qual é?

-- É que você foi um apoiador, aqui entre nós, da reeleição de Lula. Eu esperaria que seu filho fosse enviado, triunfalmente, para Cuba, Venezuela ou China. Os EUA são um país capitalista e é governado pelo malvado Bush. O que terá ele (o país, claro) para ensinar ao seu filho?

Como a conversa estava amena e minha relação com esse colega é amistosa, ele apenas sorriu e fomos dar aulas.

O acontecimento não me saiu da cabeça, pois, estou convencido de que meu colega não percebeu sua contradição.

Mais tarde, no mesmo dia, comento o acontecido com outro colega, que diz, entre outras coisas: Bush está errado em tudo!

Muitos anos atrás, um colega professor, ligado ao Partidão, dizia cinicamente: devemos importar tecnologia dos EUA e ideologia da URSS.

Excetuando-se o cinismo e a esperteza do colega comunista, temos hoje na universidade brasileira um misto de confusão mental, doutrinação anti-americana e um fenômeno detectado, nomeado e detalhado por Lewis: trata-se do bulverismo.

Que o ambiente universitário, aqui e em outros países, abrigue tal pletora de males, não é nem um pouco surpreendente. Muitos já detectaram este fenômeno.

A universidade atual se afastou infinitamente daquela instituição que, segundo o Cardeal John Henry Newman, tinha o objetivo “não de desenvolver as maneiras ou hábitos de um gentleman – essas podem ser, e são, adquiridas de várias outras formas, por meio de um bom ambiente social, por meio de viagens ao exterior, pela inata graça e dignidade de uma mente católica – mas a força, a estabilidade, a completude e a versatilidade intelectual, o controle sobre seus próprios poderes, a capacidade instintiva de avaliar, com justiça, as coisas que estão à nossa frente, o que é, às vezes, um dom natural, mas que comumente não é desenvolvido sem muito esforço e prática ao longo de anos a fio.

A universidade do cardeal seria o “lugar do ensino do conhecimento universal”, o lugar da “difusão e extensão do conhecimento, ao invés de seu avanço”.

Nossas universidade estão, hoje, povoadas de PhD´s, cuja arrogância só não é maior que sua ignorância do “conhecimento universal”. Falta a esses doutores exatamente a coisa que, na visão de Newman, eles deviam estar ensinando: “a capacidade instintiva de avaliar, com justiça, as coisas que estão à nossa frente”.

Assim, nossos mestres maiores são presas fáceis do bulverismo. Lewis define esse mal do século XX da seguinte forma: “suponha que seu oponente esteja errado e que, então, você explique o erro dele. O mundo estará a seus pés. Tente provar que ele está errado e o dinamismo de nosso tempo lançará você contra a parede.

A tagarelice intelectual contemporânea está cheia de explicações de erros, sem antes provar sua existência. Foi assim que nasceu, segundo Lewis, o marxismo.

E é assim que confusos professores universitários mandam seus filhos para os EUA e votam em Lula, sem sentir que há algo errado nisso. Ou seja, explicaram para eles que o capitalismo é abominável sem provar que isso seja verdade. Eles acreditaram porque faltou-lhes “a capacidade instintiva de avaliar, com justiça, as coisas que estão à nossa frente”.

Mas, como a razão humana, mesmo sufocada, ainda mantém um contato com a Razão que lhe deu origem, eles sentem que, pelo menos para seus filhos, é melhor os EUA do que Cuba, apesar de Lula.

O striptease ideológico de Richard Stallman, o rei do software livre, começou!

Álvaro Polati escreve, em 24/11/06, para a seção de cartas do MSM:

Recomendo a leitura desta entrevista com Richard Stallman, líder da Free Software Foundation. Ele é um defensor do software livre; e contra: o software proprietário, a Microsoft, as grandes corporações, o copyright, e as patentes... Richard Stallman é comparado a Che Guevara pelo próprio sítio que publicou a entrevista.Vejam esta jóia: "O desenvolvedor de um software proprietário é como um rei absolutista, como Bush quer ser. O presidente George W. Bush trabalha para as grandes multinacionais. A grande semelhança dele com a Microsoft é que ambos não acreditam que você deva ter liberdade." (Richard Stallman, guru do SW livre). Agora, porque envolver Bush nesta questão? Pura ideologização? Óbvio que existem iniciativas que parecem mais moderadas, inclusive criticadas pelo libertário e estrambótico guru. Mas quanto ao software livre, leiam, tirem suas conclusões e descubram de que lado "eles" estão...LINK: http://www.baguete.com.br/entrevista.php?id=125 "

Escrevi e já enviei um artigo para o MSM sobre esse sujeito. Ele ainda não foi publicado. Lá eu mostro o que pensa esse gênio. Depois de vê-lo nu, os defensores do software livre terão duas opções: ou se declaram ignorantes ou comunistas. Tertium non datur.

22/11/2006

Cartas V - para o MSM

Mais uma cartinha simpática de quem não entendeu nada do meu artigo.


Voces sabem o que é PHP?
enviada em 22/11/2006

Eu gostaria de fazer uma pergunta aos detratores do software-livre: Voces sabem o que é PHP? A resposta encontra-se aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/PHP. Agora, se voces forem observadores, enquanto voces lêem essa carta, voces verão que a extensão .php encontra-se no “endereço” da seção de cartas do Mídia Sem Máscara (http://www.midiasemmascara.com.br/cartas.php?language=pt). Ou seja, o site que tanto amamos, e que defende tanto o capitalismo e a livre iniciativa, utiliza uma solução comunista para o seu funcionamento! E agora? Que caiam as máscaras. Já que voces são tão pró-Microsoft e tão pró-Bill Gates, e acreditam que o software-livre seja uma perigosa ameaça da comunalha esquerdista ao modelo de negócios dessa empresa; eu acho que, pelo bem da coerência, voces devam deixar de acessar o site, uma vez que ao usar a linguagem PHP, ele está compactuando com uma conspiração que visa a ruína da lucrativa indústria da informática. Ou então, pelo menos, voces devem exigir que o MSM passe a adotar a linguagem ASP (http://pt.wikipedia.org/wiki/ASP). Aliás, como admirador e leitor assíduo dos artigos aqui publicados, eu me sinto no direito de pedir um posicionamento da editoria do MSM a esse respeito. E gostaria de pedir também, que a editoria explicasse à claque do senhor Bill Gates, que motivos a levaram a utilizar um subproduto dessa iniciativa tão perniciosa que é o software-livre.

Wolmar Murgel Filho

Prezado Sr. Wolmar:

Gratos pelo seu contato.

A indústria de software livre é imensa (não se limita a Linux), movimenta bilhões de dólares e possui parceiros de peso (a IBM doou todo o código do workframe Eclipse ao projeto de software livre). Esse é o ponto. Em nenhum momento o articulista chama de cumunalha quem se utiliza ou defende o software livre. É claro que há interesse da IBM, Sun e outras em ganhar mercado da Microsoft, coisa absolutamente normal. Esse é o verdadeiro campo de batalha. O idealismo de parte dos militantes do software livre, de ligar a iniciativa do Linux a pinguins com camiseta de Che Guevara e afins é utilizado por estes para dar uma face de combate anti-capitalista a uma competição capitalista feroz. Muitos acham mesmo que estão em combate com a Microsoft. Podem até estar, mas em benefício da IBM, Sun e outras muitas, e não em benefício dos famintos de Chiapas. Argumentar que o software livre é coisa da comunalha seria como comparar a IBM a algo como uma e-KGB, coisa que o articulista obviamente não faz, embora o senhor queira dar a entender em seu email.

Atenciosamente,

Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA.

Sobre o artigo que sugeri abaixo

O leitor que me sugeriu o artigo cujo link forneci abaixo (Pedro) me envia um e-mail observando que:

"... eu gostaria de frisar: os argumentos à favor do linux são os mesmos e vão continuar sendo por dez anos, se essa coisa ficar por tanto tempo. Havia no MSM uma carta com um exemplo -a do carro em que você não pode mexer-, que é muito, muito velho, e ainda citado! Da mesma maneira, o Windows XP também teve seus 'bugs' registrados pelos gurus informáticos, e os defeitos da nova versão, não lançada!, já apareceram em matéria de revista."

É isso aí. Quem estiver interessado em desmascarar essa turma, tem de escrever suas idéias e divulgá-las amplamente, pois, os esquerdistas informáticos são uma legião! Eu pude perceber isso com meu artigo original no MSM.

Em que crêem os que crêem no software livre

Enviei esta semana um artigo para o MSM (que será publicado a critério do editor) em que trato dos pressupostos não econômicos da questão do software livre. Faço uma análise de um documento de Richard Stallman, um dos principais gurus do software livre, intitulado Manifesto GNU.

O sr. Stallman é presidente da Free Software Foundation (FSF), cujo sítio muitos leitores irados me sugeriram visitar para que eu, então, soubesse realmente o que vem a ser isso. Por trás da sugestão, estavam me chamando de ignorante, pois, quem imaginaria um fulano falar de software livre sem ser um visitante contumaz da FSF. Fui lá e fui no GNU e submeti o sr. Stallmam a um striptease intelectual. Vocês verão o que encontrei, depois de despí-lo.

Recebi, hoje, de um leitor, a indicação de um artigo que trata do marxismo do movimento Linux, coisa que também trato no meu. Ele é do ano de 2000, mas vale a pena sua leitura. Eis o link http://www.lewrockwell.com/rockwell/trot1.html .

Divirtam-se.

21/11/2006

Cartas IV - E-mail pessoal e MSM

Veja como a confusão mental do esquerdismo faz uma pessoa passar vexame em cima de vexame. A sra. Magda não cansa de nos mostrar sua indigência mental. Tudo que ela quer saber é onde comprar o XP mais barato. Eu sei onde, mas não digo, pois esse não é o assunto que me interessa e nem tampouco assunto sobre o qual eu escrevi no artigo que tanto transtornou a sra Magda. Depois de tudo isso ela ainda me chama de colega. Cruz credo!



----- Original Message -----
From: Magda Maia de Souza Lima
To: araujo@cpdee.ufmg.br
Sent: Monday, November 20, 2006 6:00 PM
Subject: Software livre: de graça? parte 2

Caro Sr,

em resposta à sua resposta ao meu e-mail em seu blog:

observo que não fui objeto da mesma delicadeza, não tive resposta sequer de um link apoiando sua opinião;

que o Sr entendeu o grande incômodo que causou a disparidade do valor citado na sua matéria e o valor real de mercado, sem resposta para uma loja com o seu preço;

que a matéria realmente foi escrita pelo Sr;

que o Sr entendeu alguma fúria da minha parte, sem citação desta parte;

e que francamente chamar alguém que não se conhece de analfabeto não contribuir em nada para esclarecer esta pessoa, não é resposta, acrescenta o quê? E qual é mesmo o estudo que apoia suas opiniões?

Chamo a atenção para:

não é possível ser delicado e furioso ao mesmo tempo, a não ser que o Sr seja irônico, o que também não é possível. Afinal, um professor que escreve uma matéria é para esclarecer as pessoas, orientar sobre um assunto que conhece e domina para aqueles que não são especialistas.

Concluindo:

favor enviar links, bibliografias esclarecedores sobre o assunto. Fico satisfeita em começar por entender apenas a parte do custo. Se realmente o custo do SO dos programas proprietários for menor do que o Linux vou começar a pagar por eles na máquina da minha casa. Até lá fico só com o Linux.

Colega, o Sr pode ficar aí me chamando de analfabeta ou tomar uma atitude e contribuir para melhorar seu país nos orientando.

[]s Mag
BH-MG



Para o MSM



Sobre software livre: Linux, um aparato político
enviada em 20/11/2006

Sou entendido também no assunto, tanto na parte técnica quanto na parte econômica, e concordo com o artigo. Pressupõe-se que, por ser "livre", o Linux seja de graça, e realmente não é. Ele é uma maravilha para os "entendidos" pois podem cobrar uma fortuna em manutenção, já que não existe tantos entendidos assim no Linux quanto no Windows. E Linux nem chega a ser livre de fato, pois a licença GPL não permite fazer o que quiser com o código. Diferentemente, a licença BSD, esta sim totalmente livre, permite que seja utilizado em sistemas comerciais tecnologias desenvolvidas. Se não fosse por isso, o TCP/IP, que é a base da Internet, nunca teria sido o padrão que hoje é utilizado pelo mundo afora. A apple não teria também o OS X, este sim concorrente com o Windows, baseado no FreeBSD. Linux é mais um aparato político contra a Microsoft do que um concorrente direto do Windows. Ainda precisa melhorar muito para alcançar o usuário final, que está apenas começando a usar um computador.

Rafael Fernandes


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O software livre, Bill Gates e outros embaraços suscitados pelo Prof. Emílio
enviada em 21/11/2006

O professor Antônio Emílio é excelente questionador de convicções. Por isso, seus textos são perturbadores e causam alguns embaraços, como este sobre Linux e Windows. As pessoas aqui parecem convictas do oposto. Na falta de argumentos, chegam a apelar para a autoridade técnica, o argumentum ad verecundiam, sem mesmo explicar o que lhes incomoda. Será que é o Bill Gates? Mas porque o maior e melhor empresário do mundo incomoda tanto? Um chefe respeitador e motivador que dá aos seus funcionários reconhecido equilíbrio vida/trabalho, que acredita que a chave do sucesso está nas pessoas e no trabalho duro? Que crê no estudo e valoriza o conhecimento? Ele foi devidamente recompensado com o que há de melhor no capitalismo: o lucro, reservado apenas para os melhores e mais capazes. Enquanto eu estive na universidade, todos os entusiastas do Linux esbravejavam contra a Microsoft e contra Bill Gates, e diziam da necessidade de “derrotar” demônio do Windows. Mas porque um demônio? Uma espécie de síndrome invejosa contra o sucesso? O Professor Emílio não precisou nem questionar isso para que o castelinho de cartas caísse... Apenas questionou este “livre” e recebeu uma enxurrada de comentários passionais e negativos. Que mal há em pagar por aquilo que foi desenvolvido através do trabalho árduo de vários profissionais qualificados? Pagar aqueles que confiaram e investiram em um trabalho de anos? Software é mercadoria sim, adquirindo-se o direito de usar; porém, além deste, há o direito sobre a propriedade intelectual contida nesta mercadoria - em respeito àqueles que tiveram o trabalho do desenvolvimento. A luta pelo direito a propriedade intelectual é tão séria quanto a qualquer outro tipo de propriedade privada, afinal apropriar-se indevidamente de um software é desmerecer o trabalho alheio.Enfim, eu concordo plenamente com o artigo do professor. O Linux é a negação da propriedade intelectual, e virou uma bandeira ideológica, de tal forma que, politizado, pouco contribuirá para a evolução da informática. Além de não ser cost-effective: basta verificar que a maioria esmagadora de grandes corporações capitalistas, interessadas em reduzir o custo operacional, adota Windows como o sistema de trabalho. Talvez o conceito de “livre” do professor Emílio ajude a esclarecer o porquê desta realidade que relutamos em acreditar: “there is no free lunch”.


Álvaro Polati

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Sobre artigo Software Livre: foco é Economia, não Informática
enviada em 21/11/2006

Estas pessoas entendidas que tanto acusam furiosas que o artigo sobre Software Livre do Antonio Emilio A. de Araujo contém erros não identificam que o que está sendo tratado pelo texto é Economia e não Informática. Elas só se darão conta disso se um dia os desejos da Free Software Foundation concretizarem-se por completo no nosso país, verem que o produto intelectual de seu trabalho é proibido de ter algum valor e estiverem programando em troca de um salário mínimo (ou menos).

Saudações,

Marcos Ludwig

20/11/2006

Cartas III - ao meu e-mail pessoal

Tenho de, mais uma vez, omitir o endereço eletrônico de meus furiosos correspondentes, para poupá-los do vexame. Gente, será que esse pessoal que se diz entendedor de software entende de mais alguma coisa?



----- Original Message -----
From: Felipe
To: araujo@cpdee.ufmg.br
Sent: Monday, November 20, 2006 11:36 AM
Subject: 16/11 - Software livre: de graça?

Prezado senhor,

Com relação ao seu artigo: “Software livre: de graça?”, gostaria de ressaltar alguns equívocos de sua parte:
O Linux nunca teve a intenção de fazer competição com o Windows. São sistemas operacionais diferentes, com finalidades diferentes. As distribuições Linux são uma opção ao sistema Windows e por essa razão têm muitas diferenças quanto ao sistema proprietário.

O software livre não tem a pretensão de ser algo gratuito. Somente a ferramenta é gratuita, você a utiliza como quiser. O que a Microsoft faz com o Windows é vender uma ferramenta a um preço exorbitante, uma vez que eles têm o monopólio sobre ela.

“Time is money” é um paradigma de pelo menos duas décadas atrás. Hoje em dia, voe tem de gastar tempo simplesmente aprendendo, ou fazendo cursos. O custo disso é muito menor, comparado com os cursos e o tempo que se perde aprendendo o sistema proprietário.

Pagar pelos aplicativos é uma prática comum para pessoas que utilizam o Windows. Todos os aplicativos do Windows são pagos, e o preço deles é geralmente superior a qualquer aplicativo livre. Recomendo que você tente ler algo sobre Synaptic e Debian. A maior parte dos aplicativos para Linux são também livres e gratuitos.

No mais, peço que você tente ler e se informar um pouco mais antes de escrever um artigo, pois a maior parte do que está escrito são informações vazias e errôneas.

Felipe Alves Dias


MINHA RESPOSTA


----- Original Message -----
From: Antônio Araújo
To: Felipe
Sent: Monday, November 20, 2006 11:11 AM
Subject: Re: 16/11 - Software livre: de graça?

Sr. Felipe,

Vamos por partes.

O sr. tem de definir a idéia que o sr. quer defender. Ou bem o "Linux nunca teve a intenção de fazer competição com o Windows", ou bem "As distribuições Linux são uma opção ao sistema Windows". As duas coisas se contradizem, o sr. percebe?

Obrigado pela informação de que "time is money" está ultrapassado. Eu sequer sabia que a expressão era um paradigma de duas décadas atrás. O sr. tem certeza de que sabe o que significa "paradigma"?

O sr. sugere que eu me informe um pouco mais antes de escrever um artigo. Infelizmente, eu não posso devolver a sugestão, pois, não basta ao sr. um pouco mais de informação. O sr. tem de voltar ao primário e aprender tudo de novo.

Antônio Emílio.




----- Original Message -----
From: Magda Maia de Souza Lima
To: araujo@cpdee.ufmg.br
Sent: Monday, November 20, 2006 10:13 AM
Subject: Software livre: de graça?

Caro Sr,

foi com surpresa que li http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5371&language=pt

uma pessoa com a sua escolaridade e com toda certeza conhecedor de estudos de TCO e TCU
e com toda certeza sabendo que no extra hipermecados encontra-se o Windows XP Professional por R$ 799,00

com toda certeza não escreveu aquela matéria

favor verificar o link porque alguém está achincalhando seu nome

e por favor, se não for incômodo e eu estiver tão enganada assim, ilumine a minha vida e envie uns links para eu aprender mais com o Sr.

Agradeço de coração, porque devo estar bobeando muito. Gosto não se discute mas análise é análise.

[]s Mag
BH-MG


MINHA RESPOSTA


----- Original Message -----
From: Antônio Araújo
To: Magda Maia de Souza Lima
Sent: Monday, November 20, 2006 11:30 AMSubject: Re: Software livre: de graça?

Sra. Magda,

Que delicadeza seu e-mail!. É exatamente o que eu esperava de uma pessoa que não conheço, a quem nunca dirigi a palavra, de quem nunca falei nem bem nem mal.

Se a única coisa que a sra. entendeu de meu artigo foi o preço da versão do Windows, a sra. é uma analfabeta. E veja que isso não é uma ofensa, apenas uma descrição da realidade.

Atenciosamente,

Antônio Emílio.

Mais cartas II - Para o MSM

Comento algumas coisas, em negrito, sobre as cartas. As repostas do editor do MSM estão em itálico.


Correção de conteúdo
enviada em 20/11/2006

Existe um artigo no seu portal que é no mínimo uma ode à falta de conhecimento sobre o assunto. o tema "16/11 - Software livre: de graça? Pensar em usar o Linux para lutar contra o bicho papão da Microsoft, ou porque o Linux é feito por monges trapistas, é uma quimera." Não retrata nem de longe a realidade e o senhor Antônio Emílio A. de Araújo teve a infelicidade de escrever sobre algo sem embasamento algum. Caso vocês queiram posso passar valores reais, tabelas, e até gráficos explicando o assunto, tudo com embasamento em mercado e conhecimento de anos de trabalho me e de vários outros proficionais da área de TI. Gostaria que esse artigo fosse corrigido ou removido, e sei que posso contar com a colaboração de vocês, pois em momento algum acreditei que vocês quisessem passar informações errada e essa dica é a minha contribuição para seu portal. Quero apenas que informações sejam dadas de forma clara, objetiva, e com base em fatos e não em opinião.
Obrigado pela atenção.
Jailton Caldeira Junior

Prezado Sr. Jailton:

Gratos pelo seu contato.

Infelizmente, o sr. não explica o que é que está errado no artigo em questão, dando a impressão de que apenas acha que ele está errado, o que é uma avaliação pessoal, e acredita que isso basta para que o referido artigo seja removido. O assunto abordado no artigo não foi escrito para e por técnicos mesmo, porque o ponto central da questão não é técnica, como o próprio autor do texto deixa claro. A análise versa sobre outro aspecto que infelizmente, muitos leitores resolveram não entender, ou não conseguiram entender. Estamos recebendo inúmeros contatos de leitores que apresentam diplomas, informações técnicas, dão "carteiradas" do tipo "eu sei do que estou falando porque tenho os diplomas, cursos, etc e tal", em tamanha quantidade que estamos com a impressão de que o futuro do Brasil está garantido tantos são os técnicos, gênios e mestres numa área tão sensível e vital como a informática, que, aparentemente, existem no país. Porém, poucos dos e-mails enviados perceberam o ponto para o qual o autor desejou chamar a atenção, e que tem pouco a ver com detalhes técnicos ou conceitos abstratos envolvendo o software livre.

Atenciosamente,

Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA.

"Entendidos" contra "defensor do Windows"
enviada em 20/11/2006

Percebi que muitos dos leitores que enviaram comentários sobre o artigo do Antônio Emílio A. de Araújo fizeram questão de exaltar seus conhecimentos em operadores de sistemas operacionais e técnicos em informática. Embora entendam tanto do assunto, ao que parece, precisam de maior carga de leitura e estudo para chegarem entender o propósito de um simples artigo.

Luis Gustavo Gentil Machado Farias



Ainda o Software Livre
enviada em 19/11/2006

Alguns pontos merecem ainda ser discutidos sobre o artigo do prof. Emílio de Araújo e eu gostaria de poder fazê-lo agora:Em primeiro lugar, não se vai à “esquina” para comprar “um Windows”. Só se ele estiver falando na esquina da Av. Rio Branco com a Rua da Carioca (no Rio de Janeiro) para comprar um CD pirata. O lugar certo de se comprar um software é em uma loja onde o indivíduo vai comprar uma licença de uso, que pode ter mais ou menos restrições. No caso do Windows XP, essa licença só se aplica a um computador. Se o professor Emílio tiver dois computadores em casa ou mais alguns na universidade pública, ele terá de comprar uma licença do Windows para cada um dos seus computadores. Aliás, a Microsoft fere as leis de mercado ao fazer com que o seu produto seja visto como uma mercadoria, porque software, assim como informação, não são mercadorias. Se fossem, ao adquiri-las, o comprador teria garantidos para si, a propriedade, a posse e o usufruto do bem adquirido. O que não ocorre quando se vai na esquina “comprar um Windows”, pois você não pode vendê-lo, copiá-lo, doá-lo, redistribuí-lo nem modificá-lo. Você não é DONO da mercadoria. Afinal se o Bill Gates deixasse você ser o dono da "mercadoria" que ele vende, ele não seria o homem mais rico do mundo. Outra coisa, o sistema operacional sozinho não faz absolutamente nada. O usuário terá no mínimo que comprar uma suite de aplicativos se ele quiser ter pelo menos uma máquina de escrever em casa ou no escritório.Em segundo lugar, essa “guerra santa” entre Linux e Windows não faz o menor sentido para o usuário final. Isso é uma questão de escolha pessoal. O professor não aceita falar em monopólio, mas segundo ele mesmo pesquisou no Aurélio, monopólio significa “tráfico, exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos”. Mas não é disso que estamos falando? Qual é a empresa competidora da Microsoft em sistemas operacionais para computadores pessoais? Não é a IBM. Nem tampouco a Apple. O comprador de um PC não tem escolha. Nesse sentido, viva o Linux! Se ele é bom ou não, se atende melhor ou não, vai da cabeça de cada um. Infelizmente ele vem de uma iniciativa comunista na mais pura acepção da palavra. Mas isso não impede que se ganhe dinheiro com ele, ou não haveriam empresas de porte como a Novell e a própria IBM dando-lhe suporte. Só não é possível lucrar com o Linux do modo como a Microsoft quer lucrar, ou seja, vendendo software como uma mercadoria em uma prateleira de supermercado.

Wolmar Murgel Filho

O sr. Wolmar não entende o que lê, mas tem uma lingua ferina. Chama-me de consumidor de software pirata sem sequer me conhecer.

Depois vem com a pérola "porque software, assim como informação, não são mercadorias". O que são, então os softwares? Atenção produtores de softwares! Vocês estão produzindo algo transcendente pensando que estivessem produzindo algo imanente.

Ele me pergunta: Qual é a empresa competidora da Microsoft em sistemas operacionais para computadores pessoais? Ué! o FSF/GNU com seu Linux e é exatamente disso que estamos falando!

Ah! Sim. O resto é baboseira anti-Microsoft, confirmando o monopólio de que falei em meu artigo.



Software livre: De graça?
enviada em 17/11/2006

Parabéns professor. Ainda há professores da rede pública confiáveis, já são raros. O falatório contra a Micosoft é generalizado. Apelidaram o Sr. Bill Gates de " Bill Gato". Todo mundo fala no Linux, mais todo mundo instala o do " Bill Gato ". É a mesma coisa contra o Tio Sam, mais ninguém vive sem ele. Na hora do pega pra capá, acionam os imperialistas.
Um abraço

Elisur Bueno Velloso

Linux X Windows
enviada em 17/11/2006

Caro Prof. Emílio,

Muito bom o artigo sobre a "caridade digital" Linux X Windows. Afinal, a mencionada lei econômica existiria até na mais cruel ditadura comunista: "There is no free lunch". Nada é de graça. Nem o Linux, nem o Bolsa família do Lula. Alguém sempre paga a conta...É uma grande satisfação poder ler seus artigos aqui neste sítio.

Continue escrevendo!

Álvaro Polati

19/11/2006

Mais cartas sobre meu artigo a respeito do software livre

No MSM, com resposta do editor


Linux
enviada em 18/11/2006

Achei um absurdo a materia sobre o linux e o software gratis. Não tem nada haver [sic!] com a realidade
Heber Lima

Prezado Sr. Heber:
Gratos pelo seu contato.


Seria interessante se o sr. fosse mais objetivo sobre o que o incomoda no artigo, do que simplesmente "achar um absurdo". Fica parecendo aquela história da mulher que chegou no médico desesperada com um problema que a incomodava, mas sem saber explicar o que era, afirmava que estava sofredo de "ejaculação precoce"...

Atenciosamente,

Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA.


Para minha caixa de e-mail, com minha resposta.

Veja que sabichão é este rapaz, de quem omito o e-mail para preservá-lo do vexame.


De: pitcho@
Enviada em: domingo, 19 de novembro de 2006 02:03
Para: araujo@cpdee.ufmg.br
Assunto: Software livre: de graça?

Prezado,
Primeiro, não faça SPAM, não é assim que se consegue visibilidade, talvez se publicar algo que seja interessante alguma revista ou site muito acessado publique sua mensagem.

Segundo, Linux não é, e nunca teve a intenção de ser uma proposta de CARIDADE, mostra-se apenas como uma OPÇÃO. Tente ler um pouco mais, e PENSAR um pouco mais. *talvez* você seja capaz de ver que, o que escreveu é uma completa ignorância. Mas um mundo é isso mesmo, algumas pessoas PENSAM outras vivem de oportunidades que agarraram no PASSADO Professor.

MINHA RESPOSTA

Sr. anônimo,

Não sei seu nome, pois o sr. não se identificou. Não sei exatamente a qual ignorância minha o sr. se refere.

Quanto à caridade, vou citar um trecho do Manifesto GNU, para o sr. avaliar:
"A Fundação Para o Software Livre levanta a maior parte dos seus fundos do serviço de distribuição, apesar dela ser uma instituição de CARIDADE em vez de uma empresa."

As letras maiúsculas na palavra caridade foram a contribuição de minha ignorância à sua sabedoria, sabichão anônimo.

Antonio Emilio.

18/11/2006

Cartas no MSM sobre meu artigo sobre software

Seguem as cartas que até agora o MSM recebeu. Algumas têm respostas minhas, outras não, a critério do editor do MSM. Há um leitor, que depois acessou o blog, sr. Afonso, cujas manifestações e minhas respostas a elas, estão nos comentários do artigo postado aqui embaixo.



Software livre
enviada em 16/11/2006

Quem disse que software livre tem que ser gratuíto? Gostaria de saber se o professor leu a FSF (Fundação do software livre), lá fala de livre acesso aos fontes para usar e modificar de acordo com suas necessidades.
Obrigado.
Mauricio Assis Lemos


Software Livre
enviada em 16/11/2006

Se o professor Antônio Emílio conhece de engenharia como ele conhece do Linux, não será capaz de colocar um tijolo sobre outro. O que ele falou é mentira, demonstrando que jamais usou ou tentou instalar uma distribuição Linux, como o Kurumin ou o Mandriva. Quem conhece essas distribuições sabem que elas são tão fáceis quanto o Windows. É questão de escolha. E aqui fala um usuário dos dois sistemas: o Linux e o M$ Windows.
Ricardo Amorim

Caro sr. Ricardo,

Fui chamado, por outro leitor, de "xiita defensor do Windows", agora de mentiroso pelo sr.

Bem, quando se dá alguma opinião sobre alguma coisa pode-se estar errado. Admito que em todas as minhas opiniões erros existirão.

Mas, se eu entendi bem, o sr. está me dizendo que eu estou mentindo dizendo que o Linux é mais difícil de operar que o Windows. Vou citar um trecho de um artigo que coloca números nas dificuldades de operação de alguns produtos tecnológicos:

"Human aptitude tends towards the bell curve. Maybe 98% of your customers are smart enough to use a television set. About 70% of them can use Windows. 15% can use Linux. 1% can program. But only 0.1% of them can program in a language like C++. And only 0.01% of them can figure out Microsoft ATL programming."O trecho é de um artigo de Joel Spolsky (http://www.joelonsoftware.com/uibook/chapters/fog0000000064.html).

Uma perguntinha, será que o Linux detém 90% do mercado e eu estou mal informado? Ou será que a maior fatia é detida pelo malvado Windows? Ah! Mas isso deve ser por causa do tal do monopólio de mercado que a Microsoft tem!

Na verdade, eu não procurei, no meu artigo, fazer nenhuma comparação técnica entre o Windows e o Linux e nem tampouco procurei comparar como usuários experientes (como parece ser caso do sr.) se relacionam com o Windows ou o Linux. O que eu disse e reafirmo é que o Linux não é de graça! Há custos envolvidos com a opção pelo software que não é somente devido ao preço da licença. Veja minha resposta ao leitor Guilherme.

E também afirmei que o Linux é um bem econômico que se insere num mercado de bilhões de dólares e é uma forma, como qualquer outra, de ganhar dinheiro, muito dinheiro.


Agora, a ira que meu artigo despertou no sr. é, de fato, interessante. Talvez ou sr. seja mesmo muito sensível aos erros (mentiras, como o sr. diz) dos outros e os procura corrigir da maneira mais enérgica possível. Pode ser. Mas, mesmo assim, fica a impressão de eu ter tocado em algo mais profundo. Será que o sr. é militante do imposto sobre computadores defendido pelo GNU Project?

Atenciosamente,
Antonio Emilio A. Araújo.


Software livre: de graça?
enviada em 16/11/2006

Eu gostaria de fazer alguns comentários a respeito do artigo "Software livre: de graça?". Infelizmente este formulário aqui não me permite enviar uma cópia integral do texto q mandei a alguns amigos comentando o artigo e ao q parece vcs não disponibilizam outra forma mais dinâmica e flexível de contato como os melhores sites do gênero onde os leitores podem comentar diretamente ao final do artigo na mesma página.
Marcelo Germano Alencar

Prezado Sr. Marcelo:

Gratos pelo seu contato.

O MSM não disponibiliza comentários nos artigos porque não é um blog, e sim um site. O sr. pode enviar comentários para este mesmo mecanismo de contato, contanto que não sejam mensagens muito longas, o que impede seu envio.
Atenciosamente,


Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA.



Falta de informação
enviada em 16/11/2006

Indignação foi o que senti ao ler o mais recente "artigo" do Sr. Antônio Emílio A. de Araújo.Totalmente mal informado, ele não pode nem ao menos ser chamado de defensor xiita do Windows, pois raramente esse usa argumentos tão falhos para defender o sistema operacional da Microsoft.Há dezenas de distribuições do Linux gratuitas sim e, da suíte de escritório ao gerenciador de e-mails, são 100% gratuitas.Uso uma dessas distribuições, o ubuntu, há meses e nunca precisei gastar um tostão com ela. Tenho todos os softwares que necessito à mão, além de uma estabilidade, segurança e desempenho que nunca experimentei no Windows.Aliás, esse sim requer um senhor investimento, pois além do custo do sistema e da suíte de escritório da Microsoft, há a necessidade de um anti-vírus, um anti-spyware, um firewall e, de vez em quando, um técnico de informática.Sugiro ao Sr. Antônio Emílio A. de Araújo que se informe antes de publicar qualquer tipo de texto, principalmente na internet. Sugiro também que faça uma pesquisa para apurar quantos usuários do Windows possuem cópias ilegais.Caso desejem um artigo de qualidade sobre o Linux, ficarei contente em redigi-lo, de forma imparcial, e encaminhá-lo a vocês.
Sinceramente,
Guilherme Degasperi

Caro Guilherme,

Estou esperando ansiosamente seu artigo "imparcial" sobre o Linux no MSM.

Quanto à sua mensagem, digo o seguinte. Eu dei o Linux como exemplo de software livre e não fiz nenhuma comparação técnica entre ele e o Windows. Não seria capaz de fazê-lo. Nem mesmo me coloquei contra o software livre em si. Acho que o software livre é uma estratégia mercadológica muito bem sucedida de ganhar dinheiro, e não há mal nenhum nisso! Aliás é o que admite o GNU Project(http://www.gnu.org/gnu/manifesto.html), uma das grandes "fábricas" de software livre:
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"Programmers need to make a living somehow."

In the short run, this is true. However, there are plenty of ways that programmers could make a living without selling the right to use a program. This way is customary now because it brings programmers and businessmen the most money, not because it is the only way to make a living. It is easy to find other ways if you want to find them. Here are a number of examples.
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Veja que parte do custo do software livre que eu mencionei estão listados aí [cometo aqui um lamentável erro de concordância, pelo qual peço desculpas]. A estratégia aqui é, ao invés de ganhar dinheiro vendendo o software x ou y, vendo aplicativos dele, dou consultoria sobre seu funcionamento, vendo a instalação dele, dou curso sobre seu funcionamento. Foi exatamente disso que falei. Mas, software livre não é obra de caridade e toda a idéia tem sido usada como "ideologia travestida de técnica". Para ver isso, basta observar a defesa que faz o GNU Project de um imposto sobre computadores, para ser usado no desenvolvimento de software:
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All sorts of development can be funded with a Software Tax: Suppose everyone who buys a computer has to pay x percent of the price as a software tax. The government gives this to an agency like the NSF to spend on software development.

But if the computer buyer makes a donation to software development himself, he can take a credit against the tax. He can donate to the project of his own choosing--often, chosen because he hopes to use the results when it is done. He can take a credit for any amount of donation up to the total tax he had to pay.

The total tax rate could be decided by a vote of the payers of the tax, weighted according to the amount they will be taxed on.
____________________________________

Este tipo de custo eu não mencionei em meu artigo, mas veja que um dos maiores produtores de software livre o advoga sem meias palavras. A conversinha que começou com moços muito bem intencionados, produzindo graciosamente coisas para todo mundo, pode acabar com o uso da mão pesada do Estado para assaltar nossos bolsos. Governo cuidando de desenvolvimento de software? Muito obrigado. Prefiro Bill Gates.

Você pode entender de Linux bem mais que eu. Mas, aprendi com a vida e com muito esforço de leitura e reflexão que tem muita gente querendo vender ideologia vagabunda e perigosa como se ciência/técnica fosse.

Quero crer que sua "indignação" não seja um reflexo de sua posição de militante pela causa exposta pelo GNU Project. Também não posso crer que seu ataque pessoal a mim ("defensor xiita do Windows") possa ser interpretado como a prova de um sentimento ideológico ferido. Aliás, o próprio título do documento da GNU, "manifesto", lembra outro documento com o mesmo título, mais famoso, mais antigo e, até agora, muito mais mortífero.
Atenciosamente,
Antonio Emilio A. Araújo.


Linux?
enviada em 16/11/2006

Ao ler o artigo do Antônio Ermínio de A. Araújo, percebi uma falácia notável: a idéia de que uma pessoa, ao comprar Windows por R$ 400,00 (nunca vi por esse preço), vai operar imediatamente sem maiores problemas. Na minha experiência de suporte a usuários, posso afirmar que isso é conversa para boi dormir. Entendo a noção do autor. A sua falha é a seguinte: a percepção de esforço aumenta consideravelmente quando estamos lidando com algo novo. A situação piora quando é algo diferente daquilo a que estamos acostumados. Nesse caso, tudo parece muito mais difícil, e tudo parece ser culpa do que é novo. Veja que esta não é sequer uma defesa incondicional do Linux. É uma simples constatação de um fato. Se Windows fosse tão fácil assim, não haveria tanta necessidade de suporte técnico. Acredite, só parece fácil porque utilizamos há vários anos os mesmos sistemas.Sou a favor do Linux, não para eliminar o bicho-papão da Microsoft, mas porque sou capitalista, e gosto de alternativas. A Microsoft melhorou muito nos últimos anos justamente porque foi forçada a isso por uma concorrência maior, e o mesmo vale para o Linux.
João Marcus



Peguntas a Antônio Emílio de Araújo
enviada em 16/11/2006

-O senhor sabe a diferença entre um software livre e um código aberto?
-Sabe o que é uma distribuição de linux? Sabe que o preço delas varia de 50 a 150 dólares?
-Sabe o que é um sistema operacional e um GUI, e que no linux os dois não vêm juntos?
-Notou que o Windows tem tantos softwares e hardwares adequados porque se popularizou, e que o linux está se popularizando?
-Sabe que uma imensa quantidade de aplicativos do Windows têm versão gratuita, até o media player?-Conhece a estratégia usada por Bill Gates para popularizar o windows, e o preço comparativo entre o Windows 3 e o XP (proporcional aos respectivos anos e à tecnologia deles)?
-Sabe que qualquer configuração mais avançada desse sistema operacional leva mais tempo, time and money que uma do linux?
-Sabe que o Windows é ridiculamente fácil de ser acessado por vírus e hackers, e que os seus desenvolvedores não se importam?
-Sabe o que a Fundação Bill e Melinda Gates,do dono da empresa "malhada pela esquerda", tentou fazer? Veja em http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4617&language=pt
Muito obrigado

Afonso Sampaio



software livre: de graça? Calma, há sistemas operacionais para todos os gostos
enviada em 16/11/2006

Não cabe dúvida de que o colunista Antônio Emílio A. de Araújo colocou de forma clara, iniludível, a questão dos softwares. LIVRE significa apenas uma coisa - você COMPRA numa loja de informática um sistema operacional como o Linux (existem distribuições para todos os gostos e necessidades). Eu disse - COMPRA, ou seja, NÃO GANHOU, NÃO FOI GRATUITO. Mas o Linux tem uma particularidade - ele é LIVRE, ou seja, os códigos de acesso a seu núcleo (o Kernel) estão disponíveis para todos que queiram mexer e adaptar o sistema às suas necessidades específicas. Quanto ao outro aspecto, a facilidade de manuseio, de operação, é outra história - os produtos da Microsoft não são mais FÁCEIS, é que estão disponíveis há mais tempo no mercado e EXISTEM MILHARES DE CURSOS DE INFORMÁTICA a preço de banana em tudo quanto é esquina do País. Eu aprendi a usar o Windows, por exemplo, no tapa, comprei revistinhas a 10 "merréis" em bancas e comecei a destrinchar a coisa toda. MAS... nunca aprendi a mexer no Kernel, que é o núcleo central do sistema.. e qual o motivo? Simplesmente porque os cursos são CARÍSSIMOS, eu tenho de fazer até curso superior e muitos deles patrocinados pela Microsoft. Quanto ao Linux, se eu tenho um verniz de Windows, posso sim sem susto começar a usar o Linux. Tanto que durante mais de 10 anos usei esse sistema dentro da empresa antes de aposentar. E comecei a usar desde o boot, não vendo maiores dores de cabeça. Nunca tive problemas com o Windows (que uso em casa, bem entendido) ou com o Linux na empresa. É preciso separar bem as coisas para não passar a impressão de que isso é um assunto religioso, ou esotérico, a que têm acesso apenas iniciados. Não se trata de queimar incenso no altar em louvor ao Linux que, como QUALQUER sistema operacional, tem seus problemas; nem é preciso fazer um pacto com o "demônio" Bil Gates para chegar diante de um teclado e começar a trabalhar. Mais coisas eu diria, mas o espaço é curto. Só uma coisa - EXISTEM SISTEMAS OPERACIONAIS PARA TODOS OS GOSTOS E FINALIDADES. Sem fanatismo nem ideologias, por favor...
José Rodrigues Filho



Software livre: de graça?
enviada em 16/11/2006

Apesar de algumas pessoas realmente verem essa Microsoft x Open Source como uma luta de classes, a discussão mais profunda não é essa. Windows funciona bem para usuários leigos, como uma estação de trabalho comum, ou como plataforma para jogos. Mas no mundo corporativo, onde 1 minuto de downtime significa perda milhões de dólares, Windows é motivo de chacota entre os profissionais de IT. São absurdamente mais vulneráveis (tb conhecido como swiss cheese - cheio de buracos), lentos, e requerem bem mais manutenção, do que seus concorrentes UNIX. Para estes consumidores, não é o preço da licença que importa... Para um cluster de 32 processadores, pagar 2 mil dólares numa licença de software não significa nada. Um dos motivos dessa diferença brutal de qualidade entre sistemas operacionais livres (não grátis) e o Windows, é que a Microsoft não disponibiliza seu código fonte. Tudo bem, esta dentro dos seus direito. Mas isso significa que somente seus programadores podem fazer auditoria no código fonte... Como o código fonte do linux, BSDs, e até mesmo Solaris (da Sun), são abertos, outras milhares de pessoas podem ver, auditar, e modificar o código fonte de acordo com suas vontades ou necessidades. O que a Microsoft faz, seria o equivalente a que a Ford nos proibisse de trocar as rodas dos veículos que ela nos vende. De novo, a Microsoft tem o direito de fazer isso, mas dificilmente profissionais de IT que realmente são sérios utilizarão essa plataforma nos seus servidores.
Abraços.

Gustavo Baratto

16/11/2006

Artigo meu no Mídia Sem Máscara

Saiu hoje (16/11) artigo meu no MSM(http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5371&language=pt). Reproduzo-o abaixo, pois, irei também reproduzir posteriormente e-mails de leitores, às vezes raivosos, que discordam de minhas idéias.

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Resumo: Pensar em usar o Linux para lutar contra o bicho papão da Microsoft, ou porque o Linux é feito por monges trapistas, é uma quimera.
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Eu nunca pensei que as pessoas chegassem a uma confusão mental tão grande que não soubessem avaliar quando uma coisa é de graça ou não. Este é o caso da discussão sobre o software livre.

Aqui se misturam várias confusões. Primeiro vem a ignorância das leis econômicas, que muitos acham que não existem. Para quem está acostumado com o paradigma das leis da física, basta ser dito o seguinte. Se você desrespeita a lei da gravidade, jogando uma pedra para cima e ficando embaixo esperando o desfecho, você provavelmente sairá com a cabeça dolorida (se a pedra for pequena) ou rachada (se a pedra for um paralelepípedo). Se você (uma sociedade, um país) desrespeita as leis econômicas, você conseguirá pouco (se o desrespeito for pequeno) ou nenhum (caso seja um grande desrespeito) aprimoramento no seu bem-estar (da sociedade, do país).

A diferença das duas leis é que uma lei pode ser desobedecida (a econômica), a outra não. As leis da física são, na verdade, descrições do que acontece, ou seja, a lei da gravidade é uma descrição do que acontece com as pedras quando as jogo para cima. As leis econômicas, como as leis morais, são como receita de bolo. Eu posso mudar uma receita de bolo, mas o resultado será também alterado. Uma sociedade que se entrega, por exemplo, a todo tipo de abusos morais, terá como conseqüência a degeneração dos costumes, a violência e depois a barbárie. Assim, a lei moral é uma receita para ser seguida. Se você não quiser seguir, azar o seu.

Apesar das similaridades, as leis econômicas não são leis morais. Existem homens caridosos, mas não existem economias caridosas. Pode-se fazer caridade com o dinheiro próprio, não com o dos outros. Se você tenta incluir na receita econômica a caridade, o bolo vai desandar.

O tal software de graça não tem nada gracioso. É difícil de imaginar que alguém acredite que um empreendimento como o Linux possa ser realizado por pessoas totalmente despojadas e que não pensam e não precisam ganhar dinheiro. Não é possível pensar no Linux como uma obra de caridade, pois ele é um produto econômico como outro qualquer. Bilhões de dólares são movimentados neste negócio e quem opta por usar o Linux, ao invés do Windows, gasta muito dinheiro!

Tente instalar o Linux em seu computador e começar a operar. Você começará por comprar livros, fazer cursos, participar de chats e comunidades no orkut, etc. O tempo gasto será absurdo (time is money, lembram-se?), até que você consiga fazer as mais triviais operações com o novo sistema operacional. Quando você for adquirir algum software aplicativo específico para funcionar com o Linux, você verá o quão graciosa é sua empreitada.

Ao invés disso, se você for à esquina e comprar o Windows, por digamos R$ 400,00, você começará operar imediatamente, sem maiores problemas. Qual é, então o software mais barato?
Pensar em usar o Linux para lutar contra o bicho papão da Microsoft, ou porque o Linux é feito por monges trapistas, é uma quimera. Ambos os lados estão atuando num mercado de bilhões de dólares, onde, para descontentamento de muitos, as leis econômicas estão em pleno funcionamento.

Uma última palavra: falar em domínio da Microsoft, vá lá. Falar em monopólio da Microsoft é uma piada. Aliás, para entender o que é monopólio não é preciso consultar compêndios econômicos, basta ir ao Aurélio que diz: tráfico, exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos. A única exclusividade da Microsoft é ser malhada pelos esquerdistas mundo afora.