09/02/2009

Lições das Missas dominicais pós-Vaticano – Parte XVI

O Evangelho deste domingo, 08/02/2009, na Missa de Paulo VI, é Mc. 1, 29-39. Continua a temática da cura e da expulsão de demônios.

O Semanário Liturgico-Catequético “O Domingo” continua nos catequizando sobre o demônio num artigo do Pe. Paulo Bazaglia, “Religião ‘Quebra-Galho’”. Diz Pe. Bazaglia: “O mestre bem conhecia a vida do seu povo. Povo doente, dominado por forças maléficas – conhecidas como ‘demônios’, ou seja: todas as amarras e opressões que impediam às pessoas serem elas mesmas.”

Pe. Bazaglia continua a mesma linha de Pe. Lusa (ver Parte XV de meus comentários) tentando nos convencer de que quando os Evangelhos falam do demônio querem dizer “forças maléficas”, ou seja, “todas as amarras e opressões ...”. Aqueles evangelistas, vocês sabem, não eram tão modernos quanto somos hoje e ainda acreditavam que demônios eram seres reais. Hoje, depois de Freud e de muitos padres modernistas, sabemos que demônios são, na verdade, amarras e opressões: nada que um pouco de comunismo e psicanálise não cure.

Como fiz em meu último comentário, vou aqui lembrar as palavras de Gabriele Amorth, o exorcista de Roma, em seu livro “Um exorcista conta-nos”:

“O poder do demônio também é manifestamente claro. Jesus chama-lhe ‘príncipe deste mundo’ (Jo 14,40); São Paulo qualifica-o de ‘deus deste mundo’ (2Cor 4.4); São João afirma que ‘todo o mundo está sob o jugo do Maligno’ (1Jo 5,19) entendendo-se por ‘mundo’ tudo aquilo que se opõe a Deus. Satanás era o mais esplendoroso dos anjos; tornou-se o pior dos demônios e seu chefe. Porque também os demônios estão vinculados entre si por uma hierarquia muito estrita e conservam o grau que ocupavam quando eram anjos: principados, tronos, dominações ... É uma hierarquia de escravidão e não de amor como a que existe entre os anjos, cujo chefe é São Miguel.

“A obra de Cristo é muito clara: foi Ele quem destruiu o reino de Satanás e instaurou o reino de Deus. Por isso, os episódios em que Jesus liberta os endemoniados têm uma importância muito especial: quando Pedro evoca, diante de Cornélio, a obra de Cristo, não cita outros milagres, mas apenas o fato de ter curado ‘todos os que estavam sob o poder do diabo’ (At 10,38). Compreendemos agora porque é que o primeiro poder que Jesus dá aos apóstolos é o de expulsar os demônios (Mt 10,1); e a mesma coisa vale para os crentes: ‘Eis os sinais que acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão os demônios ...’ (Mc 16, 17). Assim Jesus salva e restabelece o plano divino, arruinado pela rebelião de uma parte dos anjos e pelo pecado dos nossos pais.”

Esses dois simples parágrafos bem podiam ser o texto catequético do semanário, caso eles realmente acreditassem no demônio. Mas eles não acreditam e esta é a grande vitória do Maligno.

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