18/02/2018

Volto ao semanário O Domingo


Creio ter escrito meu último comentário sobre o semanário litúrgico da CNBB, O Domingo, nos idos de setembro de 2009. Lá se vão quase dez anos.

Lancei um livro com a coletânea dos posts, em 2011. Na época, considerei que minha missão estava cumprida. O prefácio do livro explica a que missão estou me referindo.

Volto agora ao semanário por alguns motivos. O primeiro, é que existe hoje uma nova juventude católica, mais conservadora, mais falante e mais combativa. Meu propósito é, por meio de meus comentários do que diz o semanário, ajudar a desmascarar quem trabalha pela destruição da Igreja. Precisamos desmoralizar esses pseudo-católicos que atentam contra a base de nossa doutrina e de nossa fé, sejam eles padres ou leigos. O semanário é um ótimo local para encontrarmos tal plêiade de gente.

Em segundo lugar, tentarei, com esses novos comentários, esclarecer melhor o que falo no prefácio do citado livro:

Pode-se objetar ainda (e alguém já o fez de fato) que o título do livro é indevido [Lições das Missas de Paulo VI]. Afinal, os comentários se referem ao folheto que é distribuído na Missa e não à própria Missa, à liturgia em si. Bem, embora haja apenas um comentário predominantemente litúrgico neste livro, o folheto O DOMINGO é um fenômeno inseparável da Missa Nova, da Missa de Paulo VI. É um fenômeno impensável numa Missa Tridentina, pois lex orandi, lex credenti. Assim, os textos escandalosos d’O DOMINGO estão em consonância com a atmosfera protestantizante da Missa de Paulo VI. Eu diria até que são adornos inseparáveis desta liturgia, que trouxe para a Igreja a grande tragédia atual.

Eu não penso que o problema atual da Igreja seja a infiltração comunista. Ou pelo menos, esse problema não é o fundamental. Penso que o problema principal (talvez, matriz e facilitadora da infiltração comunista) seja a Missa Nova, a mudança do rito. Quem conheça a estratégia usada por Cranmer na Inglaterra, não pode deixar de concordar comigo. Michael Davies, na introdução de seu livro Cranmer’s Godly Order (que foi traduzido recentemente pela Editora Permanência) diz:  a intensão do livro é mostrar “pelo exame do Prayer Book de Thomas Cranmer, quanto a fé do povo católico pode se alterar simplesmente pela mudança da liturgia. (...) O modo como rezamos reflete e, em larga medida, decide o que acreditamos.”

Cranmer conseguiu destruir o catolicismo na Inglaterra do século XVI por meio de alterações no Missal usado pelo povo. E notem: muitos séculos antes de Marx!

A infiltração comunista na Igreja é um fenômeno real, planejado com muita antecedência e com anuência de toda a alta cúpula da Igreja. O evento principal nessa história de horror foi o acordode Metz, que proibiu o Concílio Vaticano II de condenar, ou mesmo sequer mencionar, o comunismo em seus documentos. Eu sei e reconheço tudo isso. Mas isso não seria possível, ou pelo menos tão fácil, sem a mudança litúrgica.

Assim, como muitos hoje, de vários modos, e utilizando várias plataformas, estão condenando tão veementemente o comunismo dentro da Igreja, mas não, pelo menos explicitamente, a mudança litúrgica, sinto-me no dever de trabalhar modestamente no campo litúrgico, messe esta tão carente de operários.

Volto então aos comentários d’O Domingo e de suas absurdidades na esperança de alertar os católicos das ideias distorcidas e, por vezes, heréticas, ali propugnadas, fruto da mudança profunda da fé católica promovida pela mudança do rito da Missa.

Farei isso de duas formas: ora por escrito, aqui no blog, ora com vídeos no canal do blog no YouTube.


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